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    psiconectabr
  • 4 de abr.
  • 4 min de leitura

Imagem de uma jovem menina sofrendo de ansiedade
Imagem de uma jovem menina sofrendo de ansiedade.


Estamos com ela o tempo todo e sem dúvida é um dos grandes desafios do nosso tempo, porque ela em si não é um problema mas se torna quando passa a nos dominar e entender a linha que separa a ansiedade natural da patológica é mais difícil do que parece.


Vamos juntos identificar se você já ultrapassou essa linha? 


Para facilitar o entendimento das causas da ansiedade, irei separá-la em dois tipos: 


  • Ansiedade Externa. 

  • Ansiedade Interna.

 

Ansiedade Externa


A ansiedade externa tem sua causa fora do nosso corpo, relacionada a hábitos e consumo.

Já a ansiedade interna está ligada a fatores biológicos e traumas emocionais, problemas internos ou internalizados. 

É comum que ambas estejam interligadas, uma potencializando o desenvolvimento da outra. Irei citar os principais hábitos e consumos que mais geram ansiedade externa atualmente: 


  • Consumo de substâncias 

  • Redes sociais 

  • Pressões sociais 



Consumo de substâncias 


Algumas substâncias estimulantes podem aumentar a ansiedade. Não entrarei no vasto campo das substâncias ilícitas, pois, além da ansiedade, elas geram outros conflitos devido ao seu potencial viciante. Quero destacar três substâncias lícitas presentes no nosso dia a dia, que, sem percebermos, contribuem para o aumento da ansiedade: cafeína, nicotina e açúcar


Essas substâncias afetam o cérebro de forma semelhante: 


  • Proporcionam prazer e energia rápida (dopamina), mas, logo depois, ocorre uma queda, causando irritação e mais ansiedade. 

  • Deixam o corpo em estado de alerta (noradrenalina), acelerando os pensamentos e dificultando o relaxamento. 

  • Aumentam os níveis de estresse (cortisol), fazendo com que pequenas preocupações pareçam ainda maiores. 


Quanto mais as consumimos, mais o cérebro se acostuma e pede mais, criando um círculo vicioso que amplifica a ansiedade. 


Redes sociais

 

O uso das redes sociais também pode gerar ansiedade. Uma das principais razões é o sistema de recompensa imediata (dopamina).


Veja como isso acontece: 


  • Você recebe um estímulo de consumir algo novo, imprevisível, seguido de uma recompensa rápida. 

  • Os conteúdos são altamente atrativos e personalizados para o que você mais gosta. 

  • Seu mundo digital passa a ser mais interessante e estimulante do que a vida real. 

  • O mundo real se torna mais lento e frustrante, aumentando a ansiedade.

     

Pressões sociais 


A sociedade contemporânea impõe uma cobrança constante por performance: ser produtivo, estar em forma, ser bem-informado, bem-sucedido e sexualmente ativo. 

Atreladas às redes sociais, as pressões sociais se intensificam pelo fator comparativo. 

Essa busca incessante pela perfeição, somada a crises climáticas, guerras, instabilidade econômica e avanços tecnológicos rápidos, gera ansiedade em relação ao futuro

 

Ansiedade Interna

 

A ansiedade interna está relacionada a fatores naturais do ser humano. Nossos anseios, em grande parte, são causados por expectativas e pelo medo

Planejamos e antecipamos cenários em nossa mente justamente por nutrirmos expectativas ou temermos o que está por vir. 

Sentir expectativa é algo natural. A ansiedade diante de uma viagem muito esperada ou da conquista de um bem material almejado pode ser um motor que nos impulsiona. 

O medo também é uma emoção legítima. Ele nos impede de correr riscos desnecessários ou de nos colocarmos em perigo. Está em nosso “HD cerebral” como um mecanismo essencial para a preservação da vida. 

Segundo a neurociência, esse estado é uma resposta biológica de “luta ou fuga”. 

Embora não estejamos mais no período paleolítico, reagimos da mesma forma diante de desafios cotidianos. 

A sensação de falta de controle pode gerar um impacto existencial profundo, criando uma percepção constante de ameaça. 

Outro fator relevante são os traumas. Acontecimentos com grande impacto emocional podem deixar marcas duradouras. Eles podem ocorrer tanto na infância quanto na vida adulta, como no caso de acidentes, perdas de pessoas queridas ou de patrimônio, entre outros. 

 

Ansiedade Patológica: Como Identificar? 


Existe uma linha sutil entre a ansiedade natural e o excesso que a transforma em patológica.

Muitas vezes, ela é imperceptível — a não ser por um fator central:


A negatividade. 


Tanto a ansiedade externa quanto a interna — termos aqui utilizados para facilitar a compreensão — têm na negatividade um elemento comum. 

Essa negatividade pode se manifestar em qualquer situação e, infelizmente, não tem limites. Em casos mais extremos, ela pode evoluir ao ponto da pessoa não conseguir sair de casa, com medo de que algo ruim aconteça — característica típica da síndrome do pânico, por exemplo. 

Suas origens são diversas, mas, frequentemente, estão ligadas à constatação de que não temos controle sobre absolutamente nada.

A vida é imprevisível.

Essa percepção geralmente surge após eventos traumáticos, como a perda repentina de alguém ou um acidente. A negatividade, nesse contexto, se torna uma espécie de armadura emocional: ao esperar sempre o pior, a pessoa tenta se proteger da frustração. 

 

Patologia

 

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR), a ansiedade, em seu nível mais crítico, é classificada como Transtorno de Ansiedade Generalizada

Essa condição também está registrada na Classificação Internacional de Doenças (CID) sob o código F41

 

Tratamento 


Se você se identificou com algumas dessas características, é altamente recomendável buscar acompanhamento terapêutico. 

A terapia pode ajudar você a identificar as causas da negatividade e a desenvolver estratégias para enfrentá-las. 

Para vícios e hábitos, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) apresenta excelentes resultados. 

No caso de traumas emocionais, a Psicanálise é uma das abordagens mais indicadas. 

Além disso, fatores biológicos também influenciam diretamente a saúde mental. 

Manter sua saúde física em dia, realizar exames regularmente e garantir o equilíbrio hormonal pode eliminar muitas causas emocionais equivocadamente diagnosticadas. 


Na Clínica Psiconecta, você pode iniciar sua jornada terapêutica com uma primeira consulta de avaliação totalmente gratuita.

 

Aproveite essa oportunidade para experimentar e descobrir se você se identifica com o processo — sem riscos. 

 

Abraço! 




Imagem de Leonardo Torresendi, psicanalista e criador da psiconecta
Leonardo Torresendi - Psicanalista e criador da Psiconecta.



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    psiconectabr
  • 28 de nov. de 2024
  • 4 min de leitura


Imagem de Sigmund Freud em seu consultório, ao fundo seu famoso divã
Imagem de Sigmund Freud em seu consultório, ao fundo seu famoso divã.

Imagine entender a si mesmo em um nível tão profundo que as peças do quebra-cabeça de sua vida finalmente façam sentido. É exatamente isso que a psicanálise oferece: uma viagem ao inconsciente para desvendar os segredos que moldam nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Neste texto, vamos explorar o que é psicanálise, como funciona, suas técnicas, aplicações e a quem ela se destina. 


O que é psicanálise? 


A psicanálise nasceu no final do século XIX, idealizada por Sigmund Freud. Mas afinal, o que é psicanálise e por que ela continua relevante? Freud percebeu que muitos dos problemas emocionais e físicos das pessoas tinham raízes em conflitos inconscientes. Ele criou, então, um método de investigação que mergulhava além da superfície, explorando desejos reprimidos, traumas e emoções profundas. 

Hoje, a psicanálise se expandiu para várias linhas, como a Freudiana, Lacaniana, Junguiana e Winnicottiana, todas mantendo o mesmo objetivo: ajudar o indivíduo a entender a si mesmo de forma completa. 


Como a psicanálise funciona?


O funcionamento da psicanálise é baseado em escutar, observar e interpretar o que é dito e, muitas vezes, o que não é dito. A terapia geralmente ocorre em um espaço confidencial, onde o paciente fala livremente sobre seus pensamentos e sentimentos, enquanto o analista escuta e conduz reflexões. 


Fundamentos da psicanálise


Para entender como psicanálise opera, é preciso conhecer seus pilares: 


  • Ego, superego e id: Essas três estruturas psíquicas representam o equilíbrio entre nossos impulsos, nossa moralidade e a realidade. 


Essas bases ajudam a explicar como as experiências de vida moldam quem somos e como a psicanálise atua para desbloquear traumas, emoções profundas e desejos reprimidos. 


Qual é o objetivo da psicanálise hoje? 


A psicanálise busca promover autoconhecimento e transformação, ajudando o indivíduo a lidar com conflitos internos que impactam sua vida. Na Psicanálise contemporânea , adaptou-se às complexidades modernas, explorando não apenas traumas passados, mas também desafios atuais como ansiedade e depressão. 

Integrando-se a outras técnicas terapêuticas complementares, a psicanálise oferece abordagens mais eficazes e completas. Além disso, colabora de forma conjunta com outros profissionais da área, como psiquiatras, psicólogos e terapeutas, quando necessário, para garantir o bem-estar emocional do paciente.

Acreditamos que a Psicanálise atualizada com os conflitos e dilemas do nosso tempo faz com que tenhamos mais recursos para o auxiliar o analisado, ajudando-o a viver com mais consciência e equilíbrio. 


Como são as consultas? 


Ao contrário de outras terapias, as consultas psicanalíticas não seguem roteiros rígidos. O paciente é encorajado a falar livremente, enquanto o analista usa técnicas como:

 

  • Associação livre: Expressar pensamentos sem censura. 

  • Interpretação de sonhos: Decifrar mensagens do inconsciente. 

  • Transferência: Analisar sentimentos projetados no analista.

     

As sessões podem ser realizadas presencialmente ou na modalidade de psicanálise online, oferecendo flexibilidade para o analisando. 


Psicanálise vs TCC. 


A comparação entre psicanálise e TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) é comum, mas as duas abordagens não competem: elas se complementam. Enquanto a psicanálise busca identificar a origem dos problemas, a TCC trata os efeitos, ajudando a lidar com os sintomas de forma prática. Juntas, podem oferecer um tratamento mais completo. 


Psicanálise e psicologia: qual a diferença? 


A psicanálise explora o inconsciente, buscando a raiz dos conflitos emocionais, enquanto a psicologia utiliza uma gama maior de abordagens e técnicas terapêuticas, muitas com excelentes resultados na aplicação para auxilio imediato, como a citada Terapia Cognitivo-Comportamental.

Na Clínica Psiconecta, acreditamos em uma abordagem mais ampla, com profissionais que aplicam a psicanálise como base do tratamento mais também com o auxilio de outras, visando sempre a adaptação dentro da necessidade de cada paciente.

Outra figura importante entre dos profissionais da área é o psiquiatra, médico especializado, pode diagnosticar e prescrever medicamentos quando necessário, especialmente em casos graves, como depressão severa ou ansiedade crônica. 

Essas práticas são complementares: a psicanálise aprofunda as causas, a psicologia ajuda no enfrentamento imediato e diversificado, a psiquiatria estabiliza quadros críticos. Todas permitem um cuidado completo e adaptado às necessidades de cada pessoa. 


Por que psicanálise não é ciência? 


Uma dúvida frequente é por que psicanálise não é considerada ciência. Isso ocorre porque ela trabalha com emoções, desejos e singularidades, aspectos que não podem ser mensurados de forma objetiva.

Cada indivíduo é único, e a psicanálise respeita essa singularidade ao propor um tratamento personalizado. 


O que a psicanálise estuda? 


A psicanálise investiga o inconsciente, explorando emoções, desejos reprimidos e conflitos internos. Para quem busca entender o que realmente move o ser humano, é uma área fascinante. 


Psicanálise onde estudar? 


Instituições renomadas, como a IBPC Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica (onde me formei) e Sociedade Brasileira de Psicanálise, oferecem formações especializadas. 

 Estudar psicanálise é indicado para psicólogos, médicos ou qualquer pessoa interessada em compreender as complexidades da mente humana. 


Psicanálise quem pode fazer? 


Embora não seja obrigatório ter formação em psicologia, é essencial passar por cursos especializados e supervisionados para se tornar um psicanalista


Psicanálise hoje e sua acessibilidade.


A psicanálise online tornou-se uma ferramenta indispensável, especialmente para quem busca mais flexibilidade nos horários de atendimento. A Clínica Psiconecta oferece atendimento virtual para todo o Brasil, e presencial em Ribeirão Preto, São Paulo. 

Descobrir-se é um ato de coragem!

Seja presencialmente ou online, a psicanálise pode ser o caminho para uma vida mais consciente e equilibrada. 



Vamos começar o seu tratamento?


A clínica Psiconecta conta com um time de psicanalistas especializados e prontos para acolher, entender e tratar o que estiver lhe afligindo.



Imagem do rosto de Leonardo Torresendi, sorrindo, ao fundo uma tela com o nome da Clínica Psiconecta.
Texto escrito por Leonardo Torresendi - Psicanalista na Clínica Psiconecta.




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